Objetivo Avaliar os fatores de risco e as comorbidades associadas ao desenvolvimento de pneumonia em pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) agudo. Determinar os preditores independentes de pneumonia. Método Estudo retrospectivo, realizado entre julho e dezembro de 2011. Foi revisado todos os prontuários dos pacientes com diagnóstico de AVC. Resultados 159 pacientes (18-90 anos) foram admitidos. A incidência de pneumonia foi de 32%. A incidência de pneumonia foi maior em pacientes com AVC hemorrágico (OR: 4,36; IC95%: 1,9-10,01, p < 0,001) e em pessoas com escore alto National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS) (p = 0,047) e escores mais baixos da Escala de Coma de Glasgow (ECG) (p < 0,0001). Os pacientes com pneumonia tiveram maior tempo de internação (p < 0,0001). A análise de regressão logística identificou apenas o NIHSS como um preditor independente de pneumonia (IC95%: 1,049-1,246, p = 0,002). Conclusão O diagnóstico de pneumonia foi associado a tipo e gravidade do AVC e com tempo de hospitalização. A gravidade do déficit, avaliada pela escala NIHSS mostrou ser o único fator de risco independente para pneumonia em pacientes com AVC agudo.

Objective To evaluate the risk factors and comorbid conditions associated with the development of pneumonia in patients with acute stroke. To determine the independent predictors of pneumonia. Method Retrospective study from July to December 2011. We reviewed all medical charts with diagnosis of stroke. Results 159 patients (18-90 years) were admitted. Prevalence of pneumonia was 32%. Pneumonia was more frequent in patients with hemorrhagic stroke (OR: 4.36; 95%CI: 1.9-10.01, p < 0.001), higher National Institute of Health Stroke Scale (NIHSS) (p = 0.047) and, lower Glasgow Coma Score (GCS) (p < 0.0001). Patients with pneumonia had longer hospitalization (p < 0.0001). Multivariable logistic regression analysis identified NIHSS as an independent predictor of pneumonia (95%CI: 1.049-1.246, p = 0.002). Conclusion Pneumonia was associated with severity and type of stroke and length of hospital stay. The severity of the deficit as evaluated by the NIHSS was shown to be the only independent risk factor for pneumonia in acute stroke patients.

OBJETIVO: Avaliar a frequência de exames de eletroencefalograma (EEG) solicitados no pronto-socorro (PS) e na unidade de terapia intensiva (UTI) em pacientes com rebaixamento do nível de consciência, bem como seu impacto no diagnóstico e na conduta. MÉTODOS: Acompanhamos pacientes submetidos ao EEG do PS e da UTI com rebaixamento do nível de consciência até a alta ou óbito. RESULTADOS: Realizamos 1679 EEGs no período de estudo; destes, 149 (8,9%) foram solicitados no PS e na UTI. Incluímos 65 pacientes e 94 EEGs para análise; destes, 42 (44,7%) apresentavam atividade epileptiforme. O EEG mudou a conduta em 72% dos pacientes. A razão principal para solicitação do EEG foi rebaixamento do nível de consciência de origem inexplicável (36,3% dos EEGs). Destes, 33% tinham atividade epileptiforme. CONCLUSÃO: Embora o EEG seja pouco usado em condições agudas, a frequência de atividade epileptiforme foi alta nos pacientes com rebaixamento do nível de consciência de origem inexplicável. O EEG foi decisivo para o esclarecimento diagnóstico e implicou mudança da conduta em 72% dos pacientes.

OBJECTIVES: To assess the frequency of electroencephalogram (EEG) requests in the emergency room (ER) and intensive care unit (ICU) for patients with impairment of consciousness (IC) and its impact in the diagnosis and management. METHODS: We followed patients who underwent routine EEG from ER and ICU with IC until discharge or death. RESULTS: During the study, 1679 EEGs were performed, with 149 (8.9%) from ER and ICU. We included 65 patients and 94 EEGs to analyze. Epileptiform activity was present in 42 (44.7%). EEG results changed clinical management in 72.2% of patients. The main reason for EEG requisition was unexplained IC, representing 36.3% of all EEGs analyzed. Eleven (33%) of these had epileptiform activity. CONCLUSION: EEG is underused in the acute setting. The frequency of epileptiform activity was high in patients with unexplained IC. EEG was helpful in confirming or ruling out the suspected initial diagnosis and changing medical management in 72% of patients.